Um dos indivíduos foi preso de manhã pela Guarda Civil.
Fau Barbosa
A Guarda Civil de Cotia prendeu por volta das 9h desta quarta-feira, 29, mais um indivíduo envolvido na morte da ex-modelo Aline Laís Lopes, de 34 anos. O corpo foi localizado no último sábado, 25.
Os fatos e a investigação
O corpo, que estava carbonizado e foi localizado embaixo da passarela ao lado da E.E. Pedro Casemiro Leite, no km 31 da rodovia, foi identificado no dia 27. O reconhecimento dos restos mortais foi realizado no IML, pela irmã da vítima. Segundo a família, a moça entrou para o mundo das drogas há seis anos, quando trabalhava como modelo.
A delegada Dra. Monica Gamboa, responsável pelo caso, instaurou inquérito policial e a equipe de investigação passou a realizar diligências, especialmente no Cotia Hall, local frequentado por usuários de drogas. Os policiais receberam informações de que lá havia uma mão humana carbonizada. Lá também foram encontradas peças de vestuário, um tênis e uma bolsa feminina com resquícios de sangue. O padrasto da vítima, que acompanhou as diligências, acabou reconhecendo os pertences como sendo da enteada.
Ao longo do dia, foram tomadas providências de polícia judiciária, que culminaram na localização de três testemunhas, as quais prestaram depoimento, dando detalhes do crime.
As prisões
Nesta quarta-feira, Guardas Civis receberam a informação que uma travesti, com o nome social de "Julia" tinha participado do homicídio da ex-modelo.
Diante das informações, quatro viaturas passaram a patrulhar com o objetivo de localizar a suspeita, que ao avistar as viaturas, tentou fugir pelos fundos da residência, contudo, foi detida e acabou confessando a participação no homicídio, sendo encaminhada ao DP de Cotia.
Travesti envolvida no crime é presa pela Guarda Civil
Na delegacia, os guardas souberam que havia um outro indivíduo, suspeito de ter emprestado um carrinho de compras para a condução do corpo da vítima. De posse das características, os guardas foram até o antigo Cotia Hall, onde localizaram o indivíduo.
O antigo Cotia Hall, hoje frequentado por usuários de drogas.
Ele estava com um carrinho de supermercado, possivelmente o mesmo utilizado para carregar o corpo até a passarela. O indivíduo foi levado ao DP de Cotia, onde contou que uma mulher pediu o carrinho, dizendo que iria transportar o corpo de um cachorro.
O homem foi ouvido e liberado.
O carrinho foi apreendido e encaminhado para perícia.
Motivação do crime
Segundo a Polícia Civil, a vítima teria sido supostamente torturada após ser atraída para uma emboscada armada pela mulher de um dos envolvidos. Ela teria descoberto que o companheiro estava fornecendo drogas para a ex-modelo, em troca de sexo.
A moça então teria sido morta no Cotia Hall, com um fio no pescoço, e depois o corpo foi incendiado. Em seguida os restos mortais foram colocados um carrinho de supermercado e levado para debaixo da passarela, onde foi encontrado.
Segundo a delegada Dra. Monica Gamboa, todos os envolvidos no crime são usuários de entorpecentes. Eles foram indiciados por Homicídio Qualificado e Ocultação de cadáver. "A vítima foi morta por ciúmes e por inveja, por causa da sua beleza", afirmou a delegada.
As investigações prosseguem.
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