A operação é resultado de investigação realizada pelo DP de Cotia, sobre crimes de roubo com restrição de liberdade e extorsão.
Fau Barbosa
Na madrugada desta quinta-feira, 23, a Delegacia Seccional de Carapicuíba deflagrou a “Operação Syrena”, com o objetivo de dar cumprimento a 11 mandados de prisão temporária e 20 mandados de buscas domiciliares, além de desarticular uma organização criminosa que atuava realizando “sequestros de PIX” na Grande São Paulo.
Na mitologia grega, Syrena era uma sereia encantadora de homens, uma referência ao modo de agir dos criminosos, que usavam mulheres para atrair suas vítimas.
A operação contou com a atuação de 70 policiais civis e 35 viaturas.
A operação
A operação é resultado de investigação realizada pelo delegado Dr. Adair Marques Correa Junior, do DP de Cotia, que investiga crimes de roubo com restrição de liberdade e extorsão majorada, noticiados na madrugada do último dia 04 de março. A vítima havia conhecido uma suposta mulher (perfil fake) através de um aplicativo de relacionamento, com quem começou a trocar mensagens pelas redes sociais.
No dia do crime, a vítima foi atraída pela mulher para um encontro e ao chegar ao local combinado, foi abordada por dois indivíduos armados, que a renderam e a levaram para um cativeiro, de onde conseguiu fugir durante a madrugada.
Imagens de um dos cativeiros identificados pela Polícia Civil
A vítima teve seu veículo, carteira com dinheiro, documentos e cartões bancários roubados pelos criminosos, além de ter sido obrigada a fornecer a senha de seus aplicativos bancários e cartões para a realização de compras e transferências via PIX.
Máquinas de cartões e celulares apreendidos durante a Operação
Segundo a Polícia Civil, o prejuízo foi de aproximadamente R$110.000,00 (cento e dez mil reais). Em razão das lesões decorrentes do crime, a vítima foi socorrida ao hospital, onde permaneceu internada.
Imediatamente após o crime, foram iniciadas as primeiras diligências de investigação, onde revelou-se a existência de uma verdadeira organização criminosa composta por dezenas de pessoas, estruturada para a prática de roubos continuados com restrição de liberdade e extorsões (os chamados “sequestros de PIX”) na Grande São Paulo.
Fotos dos criminosos ostentando o dinheiro dos crimes
A Polícia Civil identificou que o grupo possuía uma célula financeira coordenada por dois indivíduos. Esses indivíduos eram responsáveis pelo escoamento e lavagem dos valores obtidos com os sequestros. Já as demais etapas anteriores aos delitos, como o arrebatamento e a custódia das vítimas no cativeiro, eram de responsabilidade de outros indivíduos, todos integrantes da mesma organização criminosa.
"Também foi possível esclarecer que o grupo já praticou diversos delitos. Isso foi possível em razão do idêntico “modus operandi” empregado e da exata semelhança entre os delitos, além de outras similaridades", disse o delegado do caso, Dr. Adair Marques Correa Junior ao Portal Viva.
Durante as diligências, foi realizada a captura de seis integrantes da quadrilha. Outros crimes praticados ainda estão em levantamento. Também foi apreendido farto material de evidência dos crimes investigados, além da condução de outras seis pessoas para prestar esclarecimentos sobre o possível envolvimento nos delitos.
As diligências continuam em curso para a captura dos indivíduos ainda não localizados.
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