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Feminicídio: Homem mata a mulher e é preso pela Polícia Civil em Minas Gerais

Crime teria acontecido no domingo, 8, no bairro Amador Bueno, em Itapevi.


Um homem de 27 anos, procurado pelo crime de feminicídio em Itapevi, foi preso pela Polícia Civil no final da tarde desta terça-feira, 10.

A prisão aconteceu em Teófilo Otoni, em Minas Gerais. Ele estava foragido da justiça, após matar a sua convivente, de 32 anos. O crime teria acontecido no domingo, 8.


A prisão

A prisão aconteceu em uma ação coordenada entre as Polícias Civis de São Paulo e de Minas Gerais. A operação envolveu a Delegacia da Mulher de Itapevi, a Agência de Inteligência do 15º Departamento, a Delegacia de Polícia de Araçuaí e a Delegacia de Atendimento à Mulher de Teófilo Otoni.


Após matar a mulher com facadas, o indivíduo fugiu. A equipe policial da DDM de Itapevi passou a investigar seu paradeiro. Segundo o pai da vítima, ela estava grávida e as brigas do casal eram constantes.


A delegada Dra. Francini Imene Dias Ibrahin disse à reportagem do Portal Viva que o autor tentou chegar ao Estado da Bahia, mas foi capturado no meio do trajeto. Ele estava com mandado de prisão temporária em aberto.


O crime

O crime teria acontecido no domingo, 8, em Amador Bueno, em Itapevi. Porém só foi descoberto na segunda-feira, 9, após o indivíduo ligar para seu pai e contar o que havia feito.


A Polícia Militar fazia patrulhamento de rotina quando foi acionada por volta das 00h05, via COPOM, para atender ocorrência de violência doméstica, sendo o pai do autor o solicitante.


Ao chegarem ao local dos fatos, os policiais chamaram pela vítima, que não respondeu. Os policiais então entraram na casa e visualizaram a mulher caída ao solo. Foi acionado o resgate que constatou o óbito no local.


Segundo o pai do autor, ele já tinha fugido do local. Após tomar conhecimento dos fatos, ele foi até a delegacia, para que fossem adotadas as medidas legais de polícia judiciária pertinentes.


Brigas

O pai contou à Polícia que seu filho convivia há aproximadamente um ano com a mulher e não tinham filhos em comum, porém ela teria outros filhos de outro relacionamento. Ele teria contado ao pai que estava brigando muito com a mulher. Na manhã da segunda-feira, o pai recebeu uma ligação de uma conhecida do filho dizendo que era para ele ir até a adega, pois tinha perdido o óculos lá enquanto estava bêbado na noite anterior e os funcionários já tinham encontrado o objeto.


O pai mandou algumas mensagens para o filho cobrando o comportamento dele e pedindo que ele parasse de beber e ele não respondeu. Mais tarde, no mesmo dia, por volta das 21h recebeu uma ligação do filho que disse “Pai, avisa pra família da N. (mulher) para alguém ir lá em casa, porque a porta tá fechada e ela esta lá dentro, eu matei ela” (sic)”.


O pai questionou o filho sobre a veracidade do que estava dizendo e ele disse “nunca falei tão sério” (sic). Ao ser perguntado sobre quando os fatos ocorreram o autor disse “foi ontem, ontem a noite” (sic), respondeu, se referindo ao domingo, dia 08.


Ao perguntar onde o filho estava, este respondeu que estava viajando e ao ser questionado sobre o telefone que estava usando disse: “é de um rapaz aqui que me emprestou” (sic). O pai ligou para a Polícia Militar, passou o telefone informado e foi até o local dos fatos, onde olhou por baixo da porta e notou que o local estava bagunçado mas que não parecia ter ocorrido briga entre o casal.


O pai da vítima disse à Polícia que sua filha morava com o autor e que o casal se desentendia com frequência. A filha já havia sido lesionada pelo companheiro, o qual desferiu nela diversos golpes de faca, mas que mesmo assim não terminaram o relacionamento. Ele informou ainda que a filha estaria grávida, porém não dizer de quantos meses. Ela já tinha quatro filhos, mas nenhum morava com ela.


A Autoridade Policial se dirigiu ao local e acompanhou os trabalhos da perícia, sendo constatado que a vítima havia sido golpeada com instrumento cortante na nuca, no braço direito e nas costas, sendo impossível, inicialmente, precisar o dia e horário do óbito.


O caso foi registrado na DDM de Barueri, em boletim de ocorrência de natureza "Homicídio (art. 121) - Feminicídio-contra a mulher por razões da condição de sexo feminino. A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado".



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