O filhote morreu e era da região do Butantã. A imunização gratuita contra a raiva para cães e gatos segue durante todo o ano.
Fau Barbosa
O Instituto Pasteur confirmou um caso de raiva em cães na cidade de São Paulo. O animal que morreu era um filhote que foi resgatado por uma mulher do Butantã. Ele foi levado para uma clínica veterinária em Taboão da Serra, onde o estado do animal piorou e foi preciso sacrificá-lo. Sete pessoas que tiveram contato com o cachorro receberam a vacina e medicação contra a doença.
Segundo a Secretaria de Saúde, houve a intensificação da vacinação dos animais casa a casa pela Unidade de Vigilância em Saúde. Foram visitados 384 imóveis e vacinados 367 animais, como parte das atividades de bloqueio.
Nota do Instituto Pasteur
O Instituto Pasteur encaminhou no último dia 05/09, Nota Informativa sobre o caso aos setores de Zoonoses das Prefeituras de todo o Estado.
Na nota, O Instituto Pasteur informa que:
"Em 31/08/2023, houve a notificação de um caso positivo para raiva, cujo diagnóstico havia sido realizado pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo - USP.
Imediatamente, as pessoas que haviam atendido/manipulado o animal, foram orientadas a procurarem atendimento médico para ser avaliada a necessidade de profilaxia e foram também acionados os órgãos responsáveis pela vigilância de zoonoses do município para as devidas providências quanto à investigação epidemiológica e ao bloqueio de foco em tempo oportuno."
Ainda segundo a nota, "não há registros da variante canina no estado de São Paulo (ESP) há mais de 25 anos, sendo que o último caso humano por essa variante ocorreu em 1997 e o último caso animal em 1998 e, desde então, todos os casos humanos, de cães e de gatos, registrado no ESP, foram causados por variantes de morcegos."
O Instituto Pasteur também informou que "os casos de raiva em cães e gatos no estado de São Paulo são esporádicos, uma vez que há circulação viral em animais silvestres, tendo sido diagnosticados laboratorialmente, no período de 2002 à 2023 (agosto de 2023), 15 cães e 22 gatos".
Segundo o Instituto, cabe aos municípios a implantação/implementação da vacinação antirrábica em "estratégia de rotina", e é responsabilidade do guardião, proprietário/tutor prover condições de saúde aos seus animais, seja em campanhas das prefeituras ou em clínicas particulares.
A Raiva
A raiva é uma doença que ataca o sistema nervoso e o cérebro. Mordidas e arranhões são a principal forma de transmissão. Quando os sintomas começam a se manifestar, ela é fatal, em praticamente 100% dos casos.
A vacinação antirrábica deve ser aplicada todo ano nos cães e gatos. Para ser vacinado é preciso que o animal tenha a partir de quatro meses, esteja em boas condições de saúde e, no caso das fêmeas, não podem estar prenhas ou amamentando.
Cotia
A reportagem do Porta Viva entrou em contato com o setor de Zoonoses da Prefeitura de Cotia, para saber como funciona a vacinação dos animais na cidade.
A responsável, Dra. Ana, explicou que a vacinação de rotina contra a raiva acontece por agendamento, todas as 2ªs e 4ªs feiras, das 9h às 11h, no setor de Zoonoses, ao lado da Prefeitura.
Segundo ela, recentemente aconteceu a vacinação noturna, com boa adesão. Várias ações de vacinação tem acontecido durante o ano em Cotia (vaja abaixo).
Para mais informações e agendamento da vacina, o telefone do Setor de Zoonoses da Prefeitura de Cotia é 4616-6493.
Saiba mais
Foto Ilustrativa de vacinação antirrábica (Juliano Barbosa/ Arquivo)
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